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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Atravessar a sala - Poema

Atravessar a sala - Leon Nunes

Pé sujo
Pé de goiabeira
Granola garganta abaixo
Que nojo de vermes
Quão lindo serve
a noite falsa dos tempos.
É a sinusite
que ataca
animal feroz
Meu coração
que empaca na estrada de sangue.
A era que estraga e era uma era sem-fim
Que respirar o pó das cinzas dos mortos
Cujo cheiro de fritura amarga sensação
Provoca no estômago de meu cérebro
Um bacanal doentil em que bebo meu líquido
O formoso de minha condição.
Minha pele brilha
é um brilho ofuscante
igual quando passo na beira do lago para matar
meu corpo da sede da impúdica alma
E quando olho no espelho
Vejo o monstro que nunca fui e serei.
Minha mão é como a manhã que nunca acaba
Que aperta o gatilho
De cuja arma a bala de ouro há-de atravessar
a sala
de minha cabeça
que dói e
arranca da carranca meus olhos
vazados.

Poema escrito ao meio dia 13 de outubro de 2016

Todos os direitos reservados a ©Leon Nunes

Abraços no coração
Leon.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Viandante - Leon Nunes (poema)


Viandante


Leon Nunes

21 de abril de 2012, sábado

Uma madrugada insone.

Tendo eu viajado por estradas estranhas

Fui dar a uma planície

       não menos estranha

              Cuja magia me foi contagiante.

Cheguei com fome e sede

       e, invisíveis, mãos me deram de comer e beber.

Porém, apesar da realidade

       que meus olhos viam,

Aquilo nada tinha de real

E quando fui atinar o que realmente acontecia

Me encontrei – de novo – naquele caminho

       que percorria.

Tudo era repetição

       e incontáveis foram as vezes que me vi naquelas estradas estranhas

E também naquela planície.

Se tudo foi um sonho

Se tudo foi uma realidade

       inventada

Se viandei por mundos

       escusos

Por que então? Por que continuo a viandar?

Por que não sessou minha caminhada eterna?


Somente ontem fui perceber.

Minhas mãos estão manchadas.

É que eu não nasci ainda

Para o horror desta vida.

Sou apenas um viandante

À procura da verdadeira das jornadas.


FIM