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quinta-feira, 1 de maio de 2014

III Odisseia de Lit Fan 12-13 abril de 2014 (dias que fui)






Estrada dum Escritor


           A saída de Passo Fundo, que inicialmente seria de ônibus, deu-se através da gentileza (da carona) do editor Walmor Santos [WS Editor] – durante a viagem falamos sobre uma chusma de assuntos, dentre eles literatura – logo na manhã do dia 12.
           Em PoA, quase meio-dia, centro, pus-me a procurar um hotel para ficar. Pois. Depois de muita procura, o escolhido foi o City, pouco mais de uma quadra do evento. Lá deixei algumas coisas; fui almoçar um pão de queijo (vida de escritor...!); pus-me em direção ao Margs. Não. Não haveria de ser a fome, ou ‘inda fraqueza, a esmorecer minha alegria de lá estar. Até porque da Literatura me alimento. Vibro – e vivo – por Ela.
           Se eu teria um livro por lá lançado? Pois sim. Ascensão de Cthulhu (Ed. Argonautas) [um conto meu a integrá-lo].
           Digo que conheci pessoas cujo contato dava-se por internet. Gerson Lodi-Ribeiro (e esposa). Ana Lúcia Merege. Outros mais que passaria muito tempo a citá-los. Reencontrei meus caros Duda Falcão; César Alcázar; Chris Kastensmidt; Artur Vecchi; Suzy Hekamiah; tempo para respirar; Felipe Castilho; A. Z. Cordenonsi; Daniel Dutra; assim vai – tanto dos que conheci quanto aos que revi: desculpem-me por não citá-los.
           Aproveitei a oportunidade para presentear exemplares de livro meu, Fúnebre cortejo (um deles foi para o Caio Riter). Dei bastante autógrafo. Tive muita conversa com Gerson – falei para ele de meu romance de vingança e horror lovecraftiano. Conheci pessoas bacanas também. Uma delas, Letícia Serrat.
           12 passou, tarde calorenta no subsolo do Margs; à noite fomos ao Galpão Crioulo, bela churrascada (para mim sem grandes novidades), dinheiro minguado. Dividi táxi com meu caro Gerson Lodi-ribeiro e sua esposa; mais conversas agradáveis. E experiência adquirida.
           12 foi, entrou 13. Perdi, pelo sono, café-da-manhã. Trocado da carteira no fim. Teria de almoçar. Não. Não foi pão de queijo, embora goste. Acontecia a edição de Comida de Rua (chefs reunidos a servir pratos sofisticados a dez contos de réis). Escolhi uma fila menor, mais tarde. Algo me fez mudar. Fui à outra, muito maior. Conheci a Elis – depois deste encontro, de tê-la conhecido, com ela almoçado, não perdi contato, passei a dela gostar e respeitar, bela, inteligente, esclarecida como é. Falamos muitas coisas sobre cultura e literatura – adivinha: assuntos que eu aprecio.
           Foi um enorme prazer tê-la conhecido, Elisângela!
        De volta à Odisseia, último dia, dei uma girata por lá, coisa que pouco havia feito no dia anterior. Menos calor, foi possível respirar. Mais tranquilo, troquei ideias, conversei com mais pessoas. Que alegria danada sentir a literatura em minhas veias, feito sangue, correndo no lugar do sangue.
            Necessário pontuar algumas coisas.
            Conheci pessoalmente Elsen Pontual. Então, junto de Celly Borges (Ed. Estronho), formamos, na Odisseia, a trinca de autores a representar noss’ A Irmandade. Que dia! Que evento! Que oportunidade de crescer, evoluir!
            (rever Marcelo Amado foi ótimo também, cara que respeito)
        Ao final do dia 13, volvi a PF. Pouco antes da meia-noite peguei ônibus, impregnado de literatura, emoção, de ar renovado. Se valeu a pena? Este pequeno registro, embora simples, prova que sim. Valeu os gastos. Valeu o dinheiro escasso. O cansaço. O investimento. Tudo. Tudo pela Literatura. Fantástica.

           Um exemplar de livro meu, por sinal, foi direto ao nobre Gerson Lodi-Ribeiro (assim como um do Ascensão de Cthulhu, qual fiz questão de presenteá-lo). Em troca, deu-me ele seu livro Xochiquetzal – Uma princesa asteca entre os incas (Ed. Draco) – qual, humilde admito, começarei a leitura em breve.

             Qual foi a importância da Odisseia deste ano? Por que só agora venho me manifestar?
            Mesmo sabendo que alguma coisa poderia esquecer, resolvi deixar o tempo passar, digerir os ocorridos, tomar fôlego e encontrar as palavras necessárias. Para dizer.

            - União. Escritores-Leitores. Algo não terá finito.


Manhã, 30 abril 2014
Leon Nunes