Acerca dos Vícios de Linguagem, continuando a debater acerca, depois da excelente dica do Escritor Fábio Barreto, trago desta vez o Escritor de Atron - Atravessando os Milênios, livro publicado pela Literata
Com a palavra
Vitor Hugo Ribeiro
"Se você se refere ao vício de linguagem na escrita, como exagerar
nos "então.. então..." ou (...) de exagerar nas reticências e
nas frases assim: "e... e... e..." ao invés de usar vírgulas, acredito
que todo escritor tem esse vício.
Outra situação se refere ao regionalismo (...) escrever "tem de... " (...) escrever "tem que... " (...) aqui no estado de São
Paulo dizemos "Tem de...". Então fica a dúvida. Qual é o correto?
Quando vou descrever um diálogo, tomo extremo cuidado na fala do
personagem com relação a vícios de linguagem. O mineiro do meu livro diz
com frequência "Esse trem aí", ou "uai". Porque ele é de Minas Gerais.
Característica dele. Já o protagonista, Átron ou Rodrigo Maulson, fala o
português correto. No entanto, no meu livro, como se passa em 2.763, no
"Distrito do Brasil" eles não falam mais o português e sim o "solanês",
que na época seria a linguagem universal, uma mistura de português,
inglês e espanhol. Claro que está em português para quem está lendo
senão confunde.
Creio que não importa se o livro é grande ou não, mas se o revisor for
bom ele lhe informará do vício, da repetição, e então terá a
oportunidade de arrumar - creio."
Creio que aprendemos um pouco mais co'a contribuição ao assunto do supracitado Escritor. Considero de suma importância estes toques, estas dicas - com elas Escritora & Escritor têm uma base para melhorar o texto escrito; aprendendo com a prática de outrem, captando-a nas minúcias.
Continuemos, pois.
Espero que o assunto seja de teu interesse, nobre Leitor {Leitor-Escritor, quiçá}
Abraços
Leon Nunes,
Escritor
P.S.: toda contribuição é válida. Deixe seu comentário abaixo.
Agradeço a divulgação de meus comentários, Leon!
ResponderExcluirPrazer todo meu!
ExcluirSê bem-vindo. 'cê sabe disso.
Abraços
Como revisora e preparadora, frequentemente capto esses vícios de linguagem do escritor, logo que me torno "íntima" de sua maneira de narrar. E lógico que procuro reduzi-los, sugerindo mudanças ou outras maneiras de dizer a mesma coisa. Agora, com relação a: "escrever 'tem de...' (...) escrever 'tem que...' (...) aqui no estado de São Paulo dizemos 'Tem de...'. Então fica a dúvida. Qual é o correto?", gostaria de esclarecer que não se trata de regionalismo, mas de uma forma de domínio das regras gramaticais. Veja o que diz o site Brasilescola sobre isso:
ResponderExcluirAs expressões “ter que” e “ter de” são muito debatidas e não há uma posição única entre os estudiosos, uma única resposta. Uns acreditam que tanto faz, outros de que há diferenciação entre as construções.
Façamos algumas reflexões:
O termo “que” exerce, dentre outras, a função de pronome relativo, ou seja, estabelece relação entre as orações ou com algo que foi dito anteriormente, retoma informações ditas. Exemplo:
Minha mãe tem muitas coisas que fazer. (quem tem “que fazer” algo? Minha mãe. O “que” retoma toda frase anterior: “Minha mãe tem muitas coisas para fazer".
Então, todas as vezes que houver a necessidade de retomar um antecedente, use “que” e não “de”.
Logo, em frases que não há necessidade de retomar algo, ou seja, não há um antecedente, use “de”. Exemplos:
Tenho de pagar meu amigo.
Os alunos tiveram de fazer a prova em menos tempo.
Para ficar menos complicado, alguns adotam os significados aproximados das expressões “tenho que” e “tenho de”. Veja:
Exemplos:
Tenho de estudar para a prova amanhã. (Tenho necessidade em estudar)
Ter que – expressa uma idéia de “algo para”, “coisas para”.
Ele tem muito que estudar. (Ele tem muitas matérias para estudar)
Espero não ter sido impertinente. O meu objetivo foi somente dar uma contribuição suplementar. :)
Pois eu agradeço mesmo!
ExcluirVieste no momento certo, abordando o ponto certo, explicando de forma técnica o que todos Escritores e Escritoras procuram (ou devem evitar) no texto.
Meus sinceros agradecimentos. Pela contribuição. Fico feliz por isso.
Agradecido mesmo!