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sábado, 20 de dezembro de 2014

Quando escrevemos - Quando lemos - Quando assistimos - Quando

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Quando assistimos um filme, normalmente não esperamos mais que entretenimento. A maioria funciona como passatempo, algo que nos faça - divertir.
Quando assistimos um filme, não esperamos nada além disso. Diversão. 
Quando assistimos um filme
 - podemos nos surpreender.
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O filme "Mais Estranho que a Ficção" mais que diverte - nos faz Pensar. Em como somos no dia a dia. Como reagimos a estímulos externos e internos. Como fazemos nosso dia. 
Paixões. Trabalhos. Amor. Ficção.
A história - bem, a história é algo tocante. 
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Escritora Karen não tecera uma palavra decente há dez anos, tendo perdido a criatividade. Quando põe-se a escrever, aborda a vida de um homem. O quotidiano. As coisas simples. E disso tudo, uma via para - para o final.  
Bem. O problema é que este personagem existe. E é real.
A escritora, então, passa a ter outro problema: como matar (coisa que sempre fizera em seus livros) um Personagem Real?
Personagem - Harold - é um auditor da receita estadunidense. Conta tudo em sua vida: os passos que dá até a parada do ônibus, quantas voltas dá para escovar os dentes, coisas assim, notadamente um toc {im}perceptível. 
Karen, então, vê-se num dilema: aquele tinha tudo para ser sua Obra-prima! Mas - (... assistam o filme!)
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Película demora quase duas horas - são duas horas mais que maravilhosas. Memoráveis. História rica. Daquelas que chegamos ao final e percebemos: vivemos a história narrada. 
Há o lado do/a Escritor/Escritora. Sim, é abordado esta questão.
Como um/a Escritor/Escritora se comporta ao escrever. O quão tocante (repetição proposital) a história narrada é para o autor/a; o mergulho na personagem descrita, criada. 
E os dilemas. Pelos quais. Escritor/Escritora passa.
Talvez - talvez represente a realidade, este filme: um quê de realidade de todos os lados, daquilo que nos toca e por nós é espraiado. O sofrimento de um Escritor/Escritora - mesmo que se negue, mesmo que desacentuado - ao longo da criação. 
Um livro nunca é igual. Nunca é um simples livro. Quando se coloca nele sentimentos. 
Sentimentos.
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O final - convoco-os a assistir - é maravilhoso, assim como todo o filme. 
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O clímax - aquele ponto em que há uma reviravolta teoricamente programada, e que pode ser acentuada ou não - nos faz pensar o quão a vida é frágil. E quão durona ao mesmo tempo ela é.
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Por um instante - um mísero instante - achei ter invalidado o final de meu atual livro. Não. Apenas o complementa. Porque o filme - o filme é verdadeiramente humano! O filme é verdadeiramente humano.
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A interpretação dos atores; os personagens; a trama. 
Pensei em meu atual romance. E tenho certeza que o/a Escritor/Escritora que o assistir também pensará em seu. Assim como o espectador-leitor pensará em agir - em agir melhor, cada dia que passa, a partir dali.
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Se há algo que eu possa falar deste filme é isso: humano. 
Eu vi assim. Eu me encantei. Simples. E Profundo. Coisa que muitas vezes falta em nossos filmes-livros-vida. Profundo.
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Sem falar que a atriz Maggie Gyllenhaal é muito linda!
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Will Ferrel é um baita ator. E o que falar de Emma Thompson? Dustin Hoffman? Até Queen Latifah foi maravilhosa neste filme.
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Quando assistimos um filme
transbordamos na poltrona, viajamos para dentro da tela, vivemos e vivenciamos 
Quando lemos um livro profundo
vivenciamos os dilemas.
Dilemas - dos personagens, da/o Escritora/Escritor
Quando assistimos
Quando - lemos. 
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Fonte: IMDB





Abraços no coração

Leon Nunes

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Um novo meio de expor meu trabalho



Boa noite
[bom dia ou boa tarde, dependendo do horário que se lê]

Além de minha página no facebook, twitter, crio, pois, um canal no youtube de modo a explorar minha labuta literária.
Um espaço donde porei minhas impressões de livros que leio; que inda lerei. Comentários diversos sobre uma chusma de assuntos. Literatura e Escrita. E também minhas Palestras.

No link abaixo se poderá entrar em meu canal:


Explicação.
Cri haver necessidade de falar sobre livros que tenho lido ou já li; de meus trabalhos; minhas palestras. Fui muito incentivado por amigos. Criei coragem. Pus a cara à tapa. Senti que, de alguma forma, eu teria de entrar no âmbito visual, e não só ficar no campo da escrita-em-blog. 
Portanto, ativei o canal para transmitir minhas impressões, de outra forma, minhas opiniões. Sobre um universo de livros, tomos literários, priorizando a Literatura de modo geral (venha ser ela nacional, internacional, biografias e etc). 

Há, pelo menos para início de conversa, duas playlist.
On Writing.
Quotidiano.
Na primeira, minhas resenhas-em-voz-e-vídeo.
Na segunda, literalmente o quotidiano discutido sem nenhuma pauta. 

Acompanhem. Tenho certeza que será uma boa experiência.

Fiquem co'a Apresentação de On Writing.
E com o primeiro do Quotidiano.

Curtam.
Assinem o canal.
Comentem.
Partilhem.


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Ah! Não esqueci de minha série sobre "Vícios de Linguagem", não. Ela apenas deu uma pausa. Logo, pretendo retornar a ela.



Fiquem bem.
Abraços no coração

Agradecido.
Leon Nunes
escritor / palestrante



quinta-feira, 1 de maio de 2014

III Odisseia de Lit Fan 12-13 abril de 2014 (dias que fui)






Estrada dum Escritor


           A saída de Passo Fundo, que inicialmente seria de ônibus, deu-se através da gentileza (da carona) do editor Walmor Santos [WS Editor] – durante a viagem falamos sobre uma chusma de assuntos, dentre eles literatura – logo na manhã do dia 12.
           Em PoA, quase meio-dia, centro, pus-me a procurar um hotel para ficar. Pois. Depois de muita procura, o escolhido foi o City, pouco mais de uma quadra do evento. Lá deixei algumas coisas; fui almoçar um pão de queijo (vida de escritor...!); pus-me em direção ao Margs. Não. Não haveria de ser a fome, ou ‘inda fraqueza, a esmorecer minha alegria de lá estar. Até porque da Literatura me alimento. Vibro – e vivo – por Ela.
           Se eu teria um livro por lá lançado? Pois sim. Ascensão de Cthulhu (Ed. Argonautas) [um conto meu a integrá-lo].
           Digo que conheci pessoas cujo contato dava-se por internet. Gerson Lodi-Ribeiro (e esposa). Ana Lúcia Merege. Outros mais que passaria muito tempo a citá-los. Reencontrei meus caros Duda Falcão; César Alcázar; Chris Kastensmidt; Artur Vecchi; Suzy Hekamiah; tempo para respirar; Felipe Castilho; A. Z. Cordenonsi; Daniel Dutra; assim vai – tanto dos que conheci quanto aos que revi: desculpem-me por não citá-los.
           Aproveitei a oportunidade para presentear exemplares de livro meu, Fúnebre cortejo (um deles foi para o Caio Riter). Dei bastante autógrafo. Tive muita conversa com Gerson – falei para ele de meu romance de vingança e horror lovecraftiano. Conheci pessoas bacanas também. Uma delas, Letícia Serrat.
           12 passou, tarde calorenta no subsolo do Margs; à noite fomos ao Galpão Crioulo, bela churrascada (para mim sem grandes novidades), dinheiro minguado. Dividi táxi com meu caro Gerson Lodi-ribeiro e sua esposa; mais conversas agradáveis. E experiência adquirida.
           12 foi, entrou 13. Perdi, pelo sono, café-da-manhã. Trocado da carteira no fim. Teria de almoçar. Não. Não foi pão de queijo, embora goste. Acontecia a edição de Comida de Rua (chefs reunidos a servir pratos sofisticados a dez contos de réis). Escolhi uma fila menor, mais tarde. Algo me fez mudar. Fui à outra, muito maior. Conheci a Elis – depois deste encontro, de tê-la conhecido, com ela almoçado, não perdi contato, passei a dela gostar e respeitar, bela, inteligente, esclarecida como é. Falamos muitas coisas sobre cultura e literatura – adivinha: assuntos que eu aprecio.
           Foi um enorme prazer tê-la conhecido, Elisângela!
        De volta à Odisseia, último dia, dei uma girata por lá, coisa que pouco havia feito no dia anterior. Menos calor, foi possível respirar. Mais tranquilo, troquei ideias, conversei com mais pessoas. Que alegria danada sentir a literatura em minhas veias, feito sangue, correndo no lugar do sangue.
            Necessário pontuar algumas coisas.
            Conheci pessoalmente Elsen Pontual. Então, junto de Celly Borges (Ed. Estronho), formamos, na Odisseia, a trinca de autores a representar noss’ A Irmandade. Que dia! Que evento! Que oportunidade de crescer, evoluir!
            (rever Marcelo Amado foi ótimo também, cara que respeito)
        Ao final do dia 13, volvi a PF. Pouco antes da meia-noite peguei ônibus, impregnado de literatura, emoção, de ar renovado. Se valeu a pena? Este pequeno registro, embora simples, prova que sim. Valeu os gastos. Valeu o dinheiro escasso. O cansaço. O investimento. Tudo. Tudo pela Literatura. Fantástica.

           Um exemplar de livro meu, por sinal, foi direto ao nobre Gerson Lodi-Ribeiro (assim como um do Ascensão de Cthulhu, qual fiz questão de presenteá-lo). Em troca, deu-me ele seu livro Xochiquetzal – Uma princesa asteca entre os incas (Ed. Draco) – qual, humilde admito, começarei a leitura em breve.

             Qual foi a importância da Odisseia deste ano? Por que só agora venho me manifestar?
            Mesmo sabendo que alguma coisa poderia esquecer, resolvi deixar o tempo passar, digerir os ocorridos, tomar fôlego e encontrar as palavras necessárias. Para dizer.

            - União. Escritores-Leitores. Algo não terá finito.


Manhã, 30 abril 2014
Leon Nunes